Ritmo lento das obras gera transtornos

Desde o início do ano, a Estrada do Galeão vem passando por diversas intervenções que, embora necessárias, têm gerado grande insatisfação entre os moradores e comerciantes da região. As obras realizadas simultaneamente por diferentes concessionárias têm causado transtornos no trânsito e afetam o cotidiano de quem circula pela principal via da região. 

Após uma série de apagões consecutivos, a concessionária de energia Light iniciou, no começo deste ano, uma série de obras ao longo da via com o objetivo de modernizar a rede elétrica da região, reforçando a infraestrutura e melhorando a distribuição de energia. A iniciativa pretende reduzir quedas e oscilações de energia. 

Além disso, desde maio, a Fundação Rio-Águas executa um projeto de substituição das galerias pluviais, concentrando-se no trecho entre o Restaurante Zamak e o Supermercado Prezunic. Esta intervenção promete melhorar o escoamento das águas das chuvas, reduzindo pontos de alagamento e crateras que constantemente apareciam nas redondezas. 

Embora reconheçam a necessidade das obras, o trabalho tem causado uma série de impactos na rotina dos insulanos, sobretudo no trânsito, que se tornou bastante complicado em trechos sensíveis da Estrada do Galeão. Além dessas duas intervenções, foi iniciado nas últimas semanas um recapeamento asfáltico no trecho da via próximo ao McDonald's, contribuindo ainda mais para o agravamento do trânsito. 

— Está difícil. É muito complicado se locomover pela Ilha porque a Estrada do Galeão é a principal via de acesso para a maioria dos bairros. É um tempo precioso que a gente perde no nosso dia-a-dia por causa do trânsito — lamenta o taxista Francisco Botelho. 

Diante deste cenário, a população queixa-se do ritmo lento das obras, que apresentam poucos sinais de evolução tendo em vista o tempo de duração. 

— É muito tempo na rua e pouco progresso. Pelo contrário, a cada dia que passa parece que o trânsito regrediu. Os meses se passaram e os engarrafamentos pioraram — afirma o motorista José da Costa, completando em seguida — E quando a gente olha para a obra e vê dois ou três funcionários somente, é ainda mais revoltante. 

De acordo com a Fundação Rio-Águas, as obras de substituição de galerias pluviais devem ser concluídas neste mês de outubro. Já a Light informa que as intervenções estão sendo realizadas em cinco etapas e devem ser concluídas até 2025. A Secretaria Municipal de Conservação não respondeu até fechamento da edição.